quinta-feira, 23 de outubro de 2008

31 outubro

Tempo

E faz tempo e mais tempo, que vivi uma data quase como se um dia perfeitamnete igual a outros se tratasse... mas não...
Era o tal dia que o bilhete de identidade que marcava...

Estou perto de renogociar esse dia... mais um ano...

Durante estes anos, nao soube sentir essa força mágica de “ aniversário”.
Nunca gostei... nunca a senti.. não queria ...

Hoje, já adulto, deparo me com um passado triste, mas com a certeza de que quem roda à minha volta tudo faz contornar a minha forma de ver as coisas....

No entanto, não deixo de olhar para trás e pensar que não gosto desta data...
Deixa me triste pensar no passado que já passei...

4 comentários:

angela disse...

não tens de pensar no passado, tens de pensar no futuro... aprende com o passado e olha para a frente sem remorsos do que fizeste, podias ter feito ou deixaste por fazer... beijos

Anónimo disse...

nao é facil angela... foi duro, e por vezes salta a crosta de uma ferida e vê se o sangue.. sente se a dor...

angela disse...

eu sei, mas temos de ter força interior para avançar... e contra mim falo... levanta a cabeça, mantem-na em cima pois somos muito melhores do que alguns pensam!!

Maga disse...

Deixo-te uma sugestão no teu aniversário... talvez já tenhas lido! Se não leste acho que vai gostar... deixo-te um excerto - o meu preferido!

"Permaneço deitado, ignoro o dia, não me mexo, recuso-me a pensar. Durmo como se nunca mais acordasse, e ao acordar já é novamente noite (...) Nada disto é agradável ou desagradável, é um outro estado de singular lucidez que pode prolongar-se horas a fio, entre uma espécie de escuridão primordial e a fulguração dum tempo ainda por vir, ou já eterno. Fico assim, perdido no fundo de mim mesmo, sem nome, sem olhar para o que me rodeia, sem corpo que me transporte, sem pensamentos. Quanto à memória, é terrivel. Umas vezes vai buscar imagens distantes de acontecimentos que, em geral ainda virão a suceder. Outras, pura e simplesmente não há memoria de nada. Um pouco como se eu começasse a ser cada fracção de segundo, e levo um tempo infinito, desumano, para erguer de novo, peça a peça, o que sou (...)"

obras de Al Berto / 4 Anjo Mudo